segunda-feira, 4 de julho de 2011

Até logo com saudade!


Sinto saudades…

… da escrita, da procura das imagens, da busca dos temas e do desabafo sentido…
… das conversas, das discussões, das interlocuções, … sinto saudades das amizades construídas sobre este pedaço de ‘papel’…
Eu gostava de cá vir: queria-o bem organizadinho, bem arranjadinho… tratava-o como ‘a minha casa’, como ‘o meu espaço’, onde eu dava um pouco de mim, mostrava um pouco do meu mundo, mas também onde recebia as minhas ilustres visitas, onde aprendia com a sua presença… e sinto essa saudade!

Com culpa e por descuido deixei-o moribundo… deixei-o morrer…

Agora sinto pena de ter permitido que se desmoronasse, mas agora já é tarde!!!

Perdi o acesso ao meu próprio blogue: deixei de poder fazer comentários e responder a quem tão gentilmente me visitava… perdi também o interesse, porque já não podia cuidar dele da mesma maneira!
Pensei em voltar, achei que o podia revitalizar, mas... já não era a mesma coisa…
Não quero desculpar-me… apenas despedir-me… e fazê-lo com profunda saudade!
… um dia talvez nos encontremos por outras paragens…
Até logo!

domingo, 29 de maio de 2011

Querer é poder!

Ontem houve uma corrida 700m aqui em Famalicão, entre as escolas do concelho, 1º ciclo.
O primeiro a chegar, para além da medalha, ganhava uma bicicleta de montanha.

Quando soube da corrida, a Gabriela disse-me imediatamente: «Eu quero mesmo ganhar. Quero a bicicleta.»

Na corrida deu o seu máximo. Partiu em 1º lugar e... em 1º lugar chegou!!!

Estou orgulhosa da sua força, da sua vontade e da sua determinação.
Na realidade, quem quer, consegue!

Parabéns, filha!
Resposta ao comentário da Angélica:


ah!!! só se for isso!! sabotagem, portanto!
Não consigo fazer comentários no meu próprio blogue!!! Estou a ver o que se passa...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Não me Peçam Razões...



Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

segunda-feira, 28 de março de 2011

“O Poema é um arbusto que não cessa de tremer”


Na semana passada, de 21 a 25 de Março, na escola dos meus filhos mais novos, decorreu a semana da leitura. Durante aquela semana os alunos que assim entendiam e que os professores acordavam, percorriam as salas lendo um texto. Esse texto podia ser retirado de um livro, ou um original seu.

A minha filha Gabriela, que tem 9 anos, a partir da frase “O Poema é um arbusto que não cessa de tremer”, construiu este poema:


O Poema é escrita,

Que não pára de se movimentar,

Pois nós o seguramos com inteligência

E com o nosso coração a flutuar.

Parece uma árvore florida,

Cada flor com uma palavra especial,

E com a nossa mão florimos mais flores coloridas.

O Poema é,

O que sinto de verdade,

O que me espera de realidade,

O que não espero mas seco de esperança.

O Poema é infinito,

Muito caloroso de ideias,

Parece areia que se cola a nós,

Árvores muito caladas,

Canetas pintadas,

Momentos pensativos e diversos!

Adoro Poesia,

Faz-me lembrar um cavalo a pinchar a cada minuto,

Um avião a rastejar pintado de transparente,

Água coberta de sumo,

Pessoas animadas a trocar nós,

Televisões sem cabos mas com cores trocadas.

O Poema é mágico,

Cada frase é um feiticeiro,

Cada palavra é uma varinha de condão,

E cada letra é o que sinto do fundo do coração!



Gabriela Nunes

(21-03-2011)



Digam lá se não tenho motivos para ficar orgulhosa? Adorei este poema…