segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Coisas que não podem NUNCA acontecer numa Assembleia Municipal…


… aliás, deviam mesmo ser PROIBIDAS:


1. Mastigar chiclete durante os trabalhos. Sobretudo se tais mastigadelas forem perpetradas por dois Vereadores, com umas grandes bocas abertas virados para a frente da sala;
2. Dois Vereadores chegarem atrasados à dita, percorrerem a sala com as mãos enfiadas nos bolsos dos seus longos sobretudos, ocuparem os seus lugares com semblante soberbo de quem está a fazer um grande favor “ao povo”, manterem-se ali com ar de “aprendizes de Al Capone” e por fim abandonarem a sala antes dos trabalhos terminarem;
3. Um Vereador sentar-se na sua cadeira em posição semelhante à que se está numa qualquer esplanada do “Molhe” a apanhar maravilhosos banhos de sol, com uma atitude de total desprezo pelo que se está a tratar;
4. Vereadores, Deputados, Presidentes de Junta e outros, rirem-se, fazerem excessivo ruído quando alguém está na “tribuna” a falar, mesmo que esse alguém seja da mesma força política;
5. Presidentes de Junta tentarem ridicularizar, em voz alta, um qualquer orador, querendo mostrar que seriam capazes de dizer e fazer melhor que aquele de quem troçam, quando na realidade apenas difundem a sua enorme mediocridade;
6. Deputado usar o tempo do seu partido para fazer comentários jocosos das notícias do jornal, fazendo conversa de café (ou de tasco), retirando aos seus pares a hipótese de, eventualmente, aproveitarem esse tempo para fazerem discursos, propostas ou perguntas profícuas;
7. Todos os presentes, entrarem e saírem da sala, levantarem-se e sentarem-se deslocarem-se de sítio para sítio, sem terem motivo ou razão ponderosa para o fazerem.

A assembleia municipal é ou não a casa (local) do povo? É ou não o órgão deliberativo da autarquia local?
Creio que merece que decorra com todo o respeito e dignidade. Ali tratam-se, ou deviam tratar-se, os assuntos que importam ao município… aos munícipes. Ali resolvem-se as questões que nos interessam a nós, povo, e portanto deve ser encarado com toda a responsabilidade.
Não é um sítio de diversão, que funciona em piores condições que um café barulhento.
O povo merece respeito! Os munícipes merecem consideração!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

À procura de uma nova canção


"E chegará o dia
Em que precisarei
Buscar novas canções
Em que precisarei cavar novas ruínas
À procura da nova poesia,
Em que rejeitarei as rosas
Que vêm do dicionário;
Pois rosas crescem no braço
Do camponês,
Na mão do trabalhador,
Na ferida do combatente,
Na superfície do rochedo."
Autor: Mahmud Darwish

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A diferença entre ser-se de direita ou ser-se de esquerda!


Outro dia, na casa da matriarca de uma família numerosa, deu-se conta que não havia sobremesa para o almoço de domingo.

Teve-se, então, a ideia de se ir comprar a dita a uma pastelaria da aldeia.

Foram.
Trouxeram uma tarte de maçã, muito pequenina - Era o que havia.

Alguém, olhando para a tarte, disse imediatamente: A sobremesa não chega para toda a gente: é muito pequenina! (Pela certa não estava a “auto-excluir-se”!)
Um outro respondeu: Enquanto não se começa a comer chega sempre para toda a gente – se as fatias não forem maiores, são mais pequenas.

No final concluiu-se que se as fatias tivessem sido maiores, os comensais teriam ficado enjoados, teria sido em excesso!


Ora, aí está plasmado, num caso concreto e de (aparente) menor importância, aquilo que eu considero ser o pensamento de direita (o primeiro) e o pensamento de esquerda (o segundo).
Perante a (im)possiblidade de “EU” ter excesso, posso ter duas atitudes: Ou ficar com tudo para mim (e para os meus), ou repartir.
…É fácil, e não há dúvidas!