Numa escola qualquer, algures no universo, algumas turmas programaram e realizaram uma visita de estudo de final de ano.
Essa viagem, porque era a uma povoação distante e compreendia a visita a vários locais de interesse, acabou por ficar um tanto ao quanto dispendiosa e todos os alunos tiveram que pagar uma quantia um pouco elevada.
Aconteceu que um dos alunos de uma das salas informou o seu professor que não iria participar no passeio pois não podia pagar o que lhe era devido.
Com um pequeno gesto, o professor dessa turma imprimiu aos seus alunos, mais uma vez, o sentimento de SOLIDARIEDADE:
Primeiro perguntou-lhes se gostariam que aquele colega os acompanhasse na excursão – Todos responderam que sim;
Depois perguntou-lhes se estariam dispostos a ajudá-lo financeiramente – Todos responderam que sim.
Disse-lhes então que deveriam conversar com os pais sobre esse assunto e, caso assim eles entendessem, deveriam levar para a escola a sua contribuição – o que quisessem e pudessem, nunca excedendo os € 0,50 por aluno. Disse-lhes, ainda, para não se preocuparem, porque se o dinheiro recolhido não chegasse (que não chegaria, pela certa), poria ele o restante, pois estava ali para os auxiliar sempre que tivessem problemas, fossem eles monetários ou não.
Pois bem, esse aluno foi ao passeio muito bem-disposto e ninguém, nem o próprio, teve a sensação da desigualdade, pelo contrário - foi-lhes transmitida a ideia de que aquele colega era um amigo que tinha uma dificuldade que poderia ser ultrapassada se todos colaborassem. O aluno em questão sentiu-se bem integrado na turma, pois percebeu que todos gostavam dele e da sua companhia.
Essa viagem, porque era a uma povoação distante e compreendia a visita a vários locais de interesse, acabou por ficar um tanto ao quanto dispendiosa e todos os alunos tiveram que pagar uma quantia um pouco elevada.
Aconteceu que um dos alunos de uma das salas informou o seu professor que não iria participar no passeio pois não podia pagar o que lhe era devido.
Com um pequeno gesto, o professor dessa turma imprimiu aos seus alunos, mais uma vez, o sentimento de SOLIDARIEDADE:
Primeiro perguntou-lhes se gostariam que aquele colega os acompanhasse na excursão – Todos responderam que sim;
Depois perguntou-lhes se estariam dispostos a ajudá-lo financeiramente – Todos responderam que sim.
Disse-lhes então que deveriam conversar com os pais sobre esse assunto e, caso assim eles entendessem, deveriam levar para a escola a sua contribuição – o que quisessem e pudessem, nunca excedendo os € 0,50 por aluno. Disse-lhes, ainda, para não se preocuparem, porque se o dinheiro recolhido não chegasse (que não chegaria, pela certa), poria ele o restante, pois estava ali para os auxiliar sempre que tivessem problemas, fossem eles monetários ou não.
Pois bem, esse aluno foi ao passeio muito bem-disposto e ninguém, nem o próprio, teve a sensação da desigualdade, pelo contrário - foi-lhes transmitida a ideia de que aquele colega era um amigo que tinha uma dificuldade que poderia ser ultrapassada se todos colaborassem. O aluno em questão sentiu-se bem integrado na turma, pois percebeu que todos gostavam dele e da sua companhia.
Belo gesto, não?
lindo exeplo de vida.,,., que bom viajar por aqui
ResponderEliminar... é por isso que eu adoro a minha profissão. Não acredito naqueles que dizem que gostam de trabalhar. Mas já que tenho de trabalhar, só posso agradecer ao destino ter-me feito professor...
ResponderEliminarFazer o que este colega fez é também um gesto de prazer.
Só é pena que tantos, nos tempos que correm, não nos deixem ser professores... sinto-me magoado com o ministério, com alguns que se dizem "pais", com algumas situações de injustiça, mas nada disso me faz arrepender de ter escolhido esta missão. Porque ideias como esta, de solidariedade, as crianças aprendem com prazer. E que prazer dá ensinar coisas destas :)
A solidariedade entre as crianças é um fenómeno que muitas vezes nos pode deixar espantados, pois quando muitas das vezes crescem deixam de a praticar.
ResponderEliminarAngel
Florentino,
ResponderEliminarTambém acho! Penso que é com estes pequenos exemplos que conseguimos, dia a dia, mudar o mundo...
Temos que dar mérito ao professor!
ResponderEliminarTudo começa com ele!
Pena não haver mais gente assim...
Bjinho ;)
Manuel,
ResponderEliminarEste prof. de quem falo, tem ensinado muitas coisas aos seus alunos que se traduzem em "pequenos gestos"
É verdade que, ultimamente, os professores têm sido (injustamente) muito mal tratados. São, a toda a hora, obrigados a desempenhar funções que nada têm a ver com a sua profissão, que a descaracterizam e a diminuem; são obrigados a gastar o seu tempo precioso com tarefas nada úteis; são mal compensados, e não apenas (ou nem sequer fundamentalmente) economicamente, por aqueles que beneficiam dos seus serviços; não são devidamente reconhecidos, e portanto são desrespeitados pelos seus educandos, pelos pais, pela sociedade em geral, e pelo Estado – Mudemos tudo isto para recuperar o importante papel que os professores devem desempenhar na sociedade.
(Contudo, também me parece que muitos não estão preparados, nem sabem, desempenhar a sua função de professor).
Entendo que um prof. é um educador fundamental.
Sem querer descartar-me da minha função de primeira (primeiríssima) educadora dos meus filhos, atenho-me muitíssimo nos ensinamentos que os professores lhes podem (devem) dar.
Um prof. não é aquela pessoa que está na escola para debitar (apenas) matéria – é (deve ser) alguém que, a par dos pais, está lá para transmitir valores.
… Encontrar um prof. que, para além de ensinar os conteúdos aos seus alunos, é também capaz de lhes dar um pouco mais, não é sorte, é um “euromilhões”.
Angel,
ResponderEliminarÉ verdade o que diz!
... Mas, neste caso concreto, a solidariedade partiu do prof. que "com nada" ensinou-lhes imenso!
Portanto, haja esperança porque também há adultos solidários...:)
Marquês,
ResponderEliminarÉ de grande mérito, sem dúvida!
... vamos pensar que sim, que há mais gente assim... (tem que haver, não é?)
Bjs
Felizmente esses exemplos ainda existem em algumas escolas. O pior é quando se entra na vida do sadultos.
ResponderEliminarCarlos,
ResponderEliminarPois, às vezes é complicado...
Creio que podemos ser solidários em muitas circunstâncias e não apenas com dinheiro. Se nos preocuparmos com os outros, se estivermos receptivos aos seus problemas e tentarmos fazer algo, já fazemos muito.
Teresa
ResponderEliminarentre os professores há muitas situações, muitos "perfis" porque é uma profissão onde a "vocação" tem um peso muito grande. Posso ser polémico ao dizer isto, mas assumo: ao contrário de muitas outras profissões, nesta não se aprende a ser um excelente profissional. Pode-se ser um excelente técnico, mas para conseguir esse perfil a que te referes é preciso somar: competência, dedicação, vocação, desprendimento e uma série de valores humanos que não se exigem a muitas profissões.
É fácil dizer que os excelentes professores são uma raridade. Até concordo. Mas pense-se um bocadinho nisto: o que é preciso para um professor ser excelente? Quanto custa somar todas essas caracteríticas?
É que a um carteiro, pedreiro, engenheiro, jornalista, alfaiate, agricultor, metalurgico, etc. etc. apenas se exige que seja razoável; que desempenhe a sua função satisfatoriamente. Já o professor não. Tem de ser excelente; tem de ser psicólogo, sociólogo, assistente social e ainda por cima não pode contentar-se em fazer aquilo para que foi formado. Um professor que faça apenas o que aprendeu a fazer é um mero professor mediano...
Manuel,
ResponderEliminarNão creio que nas outras profissões não se exija a “excelência”, ou pelo menos não se exija que seja bom. Isto do ser bom é que pode ter diferentes entendimentos. Como exemplo, a minha profissão (e essa é que é uma profissão polémica): para muita gente, um bom advogado é aquele que consegue ludibriar o adversário, que consegue fazer valer os seus intentos, ainda que por meios menos correctos. Para mim não é nada disso. Entendo que um bom advogado é aquele que conhece o Direito, que tem a inteligência e a capacidade de o entender e o adaptar à situação concreta, que é justo, correcto, leal aos seus princípios e honesto. Este é o meu entendimento da advocacia – com transparência e com conhecimento profundo da matéria que está a tratar.
Em relação às outras profissões, acho exactamente o mesmo. Por isso, umas pessoas são excelentes, outras são boas, outras são medianas e outras são fracas (algumas mesmo muito fracas), nas suas profissões.
Trabalhar é uma chatice, pois é, mas se estivermos a fazer aquilo para que estamos (mais) vocacionadas, tanto melhor.
(À pergunta dos meus filhos sobre o que devem ser quando forem grandes, respondo sempre o mesmo: todas as profissões são dignas, escolheis aquilo que mais gostardes de fazer.)