quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Analfabeto Político - Bertolt Brecht


"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguer, dos sapatos e dos remédios
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, burlão, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

Nada é impossível de Mudar
"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de
hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar."

Privatizado
"Privatizaram a sua vida, o seu trabalho, a sua hora de amar e o seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente, o seu pão e o seu salário.
E agora não contentes querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence."

6 comentários:

  1. que palavra duras mais são verdades .....

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  2. Cara Teresa Fidalgo
    infelizmente o seu texto reflecte a visão política de uma grande maioria. E muitos dos que não são politicamente analfabetos, aplicam de forma «analfabética» os conhecimentos que detêm. Não sei o que será mais grave. E é assim que para o século XXI se apresenta este nosso Portugal. Como diria o nosso Eça- «uma choldra».
    Briosas saudações

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  3. Florentino,

    É verdade. Se todos nos preocupassemos com a política (que é tudo que se passa na vida real), talvez "isto" andasse melhor.

    Um abraço

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  4. Caro Peta do Penedo,

    Infelizmente, infelizmente!

    ... os conhecimentos, ou a falta deles... não serão antes pseudo-não-analfabetos?

    Mas eu continuo a ter esperança que o mundo dê uma volta!

    Retribuição das Saudações

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  5. Cara amiga Teresa Fidalgo
    é uma questão que me dá muito que pensar. Será que as nossas universidades terão uma capacidade de ensino inferior à das restantes universidades europeias? Em algum lugar deve existir a explicação para o frustrante desempenho dos nossos licenciados em economia, que chegam à governação. Ou será que são de tão má índole, que consigam encontrar na sua paupérrima prestação forma de enriquecer?
    Um excelente fim de semana.
    Briosas saudações

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  6. Caro Poeta do Penedo,

    Em primeiríssimo lugar, pedir-lhe desculpa porque estou em atraso com as minhas promessas... e as minhas vontades também. Não é por falta de consideração, mas por razões totalmente alheias a tudo isto.


    Bom, quanto ao que escreve, essa também é uma questão que levanto algumas vezes, mas pendo sempre para dar primazia à segunda das hipóteses... creio mesmo que é má índole (interesses próprios)


    Saudações (muito) briosas

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