sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ideiasmix!

Liberdade de expressão!

Dizem que não há liberdade de expressão em Portugal! Dizem…
Cá por mim continuo a dizer que liberdade não é dizer, nem fazer o que se quer… Há regras que convém que sejam cumpridas para que possamos todos beneficiar da dita liberdade.
O caso do dia é a história do Jornal Sol, que não sei o quê, e que não pode dizer o que quer, e não sei o que mais, porque o Governo quer controlar a comunicação social…
Será?
Pois, ainda que seja verdade, o que me parece é que nada do que se está a passar em Portugal tem a ver com LIBERDADE (devíamos dar mais valor a esta palavra, caramba!), mas com interesses partidários opostos.
A realidade é que alguns jornalistas (ressalvas feitas aos bons – que ainda os há – JORNALISTAS) pretendem eles próprios controlar, a favor das suas convicções políticas e partidárias, os órgãos de comunicação social e utilizá-los como "contra poder" do governo instituído.
Pois, pensemos então quem detém os principais jornais, os principais canais de televisão, as principais estações de rádio… (Se pensarmos bem, concluímos).
Um jornalista tem que ser isento e transmitir NOTÍCIAS. Não lhe cabe o papel das propagandas partidárias oposicionistas (de direita), nem lhe compete gerar o caos e a desconfiança das instituições. (Isto do “governo sombra” já tem lugar na TSF).

Agora, terem comparado estas confusões, que por aqui se vão passando, ao caso Watergate… bem, eu fiquei sem saber se havia de rir se havia de chorar!


Orçamento de Estado

Depois de assistirmos a formações de Governos que conciliaram partidos como PSD/CDS; PS/CDS; PS/PSD, estávamos à espera de quê?
Ainda estaríamos a pensar que o PS faria qualquer tipo de acordo com os partidos de esquerda?
Ainda poderíamos duvidar quais as tendências do actual partido do Governo?
Ontem, quando vinha a ouvir os discursos proferidos no Parlamento português, não pude deixar de sorrir… Dizia então o governo que era tão bom que até tinha conseguido um entendimento com os partidos, por forma a conseguir a aprovação (responsável) do orçamento de estado… E que, claro, os partidos de esquerda eram uns perfeitos irresponsáveis!
Está claro! Alguém (ainda) tinha dúvidas sobre esta aprovação e sobre os parceiros escolhidos pelo governo?
Mais um ano de “vira o disco e toca o mesmo” – Os portugueses aplaudem!



Festa no Centro Social de S. Miguel O Anjo – Calendário, Vila Nova de Famalicão


Ontem fui assistir ao lançamento do livro do Pe Adelino Costa “Venha a Nós o Vosso Reino”, e seguidamente à apresentação do projecto do Lar de Idosos que vai ser construído em Calendário, pela mão do Centro Social de Calendário.
Digamos que fui assim que a modos de obrigada! Pois, o meu filho pequeno é utente do Centro, no Jardim de Infância, e este ano é finalista. Como tal, os finalistas foram cantar umas musiquinhas na abertura do acontecimento e, a família, claro, foi levá-lo e assistir.

Bom, assim como assim, não esperámos pelo final, mas tivemos tempo para assistir a uma parte substancial do espectáculo!

[Ai que nada me correu bem!
Primeiro, hoje era dia de irem fantasiados, e pronto, lá fomos nós, ontem no final da escola (depois das 18h15) correr todas as lojas “dos chineses” que há cá na terra.
- Olha esta que gira (dizia eu suplicante).
- Esta não, porque tem não sei o quê… Aquela não, porque falta-lhe não sei que mais… A outra também não, porque não sei já porquê…
A seguir, comprar algo para fazer para o jantar… e correr para casa.
- Tudo para a banheira, rápido, não temos muito tempo! (ordenava)
- Já vou mãe, já vou… (Raios! Passava das 20h30 e ainda havia gente na banheira).
Finalmente, eram já 20h45, e nada de pai em casa.
- Então, demoras? Daqui a pouco o teu filho tem que estar em cima do palco a cantar (perguntava eu ao telefone).
- Já vou, já vou, estou a chegar…
(AI cá nervos!)]

Resumindo, fomos sem jantar e após um dia completamente stressante.
Concluindo, só quando o meu filho estava em cima do palco é que me lembrei que me tinham pedido para ele ir de calças de ganga e com uma camisola azul escura. Ele estava diferente, foi com a roupa que tinha vestido pela manhã; e logo ontem tinha que o ter vestido com umas calças pretas e uma camisola preta e cinzenta às riscas! (Pronto, não faz mal, faz de conta que era a estrela, as estrelas têm que se destacar dos outros…)

Bom, mas como disse, foi o lançamento do livro do Pe Costa. E como tal, Calendário recebeu os ilustres do Distrito. Na mesa de honra tiveram lugar, para além do autor do livro e o Padre da Paróquia, Sua Eminência o Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga; Sua Ex.ª o Governador Civil de Braga, Dr. Fernando Moniz; Sua Ex.ª o Presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Arq. Armindo Costa.
Ora, este evento decorreu em Calendário, e Calendário tem um Presidente de Junta. Pois, mas o Presidente de Junta não teve lugar na mesa de honra! Isto não me pareceu nada bem! Então não era de dar um lugar naquela mesa ao Presidente de Junta? Acharam que não! Mas eu acho que sim.
Quem me conhece sabe que eu até nem gosto nada do Sr., sabe também que nas eleições últimas fui sua opositora política (ele como cabeça de lista pela coligação PSD/CDS-PP, eu como cabeça de lista pelo BE; ele eleito, naturalmente, eu não eleita), mas que ele é o Presidente de Junta de Calendário, lá isso é. Como tal, parece-me que foi um bocadinho desprestigiante obrigar o Sr. a ocupar o mesmíssimo lugar que qualquer outra pessoa, no público. Digo eu, vá!
...Aquele ambiente cheirava-me a hipocrisia… cheirava-me não, tresandava-me! Aposto que a maior parte das pessoas que compraram o livro e que, em sorrisos derretidos foram solicitar um autógrafo, não querem saber nada dessas coisas do reino de Deus e isso, mas pronto, quem sou eu para falar.
Em seguida, o autor apresentou o seu livro. Um livro religioso, já se vê, nem podia deixar de ser.
Tive que me reter, para não parecer tresloucada. Acreditem que me apeteceu levantar e perguntar: “O Sr. Pe acredita mesmo nisso que está a dizer, ou só o diz por dizer? É que não lhe vejo qualquer convicção.” Contive-me, e ainda bem! A minha família iria ficar envergonhadíssima!

Posteriormente, ainda vimos e ouvimos a apresentação do projecto do lar.
Francamente? Achei normalíssimo, nada de especial, sem graça nenhuma, mas podia ser da fome e do cansaço… Eu não sou arquitecta, é verdade, mas pelo dinheiro que se vai gastar… já vi coisas bem mais bonitas!
Seguiram-se os discursos dos ilustres, mas esses já não tivemos pachorra para ouvir. De mansinho, saímos todos porta fora. Á saída ainda me perguntaram: "E o livro? Não compra?" Mas não, não comprei... Tenho mais onde gastar o meu dinheirinho!

6 comentários:

  1. Cara Teresa Fidalgo

    mas que maravilha de texto! Fartei-me de rir com algumas das suas saídas. E deixe-me congratulá-la pela visão política que aqui demonstrou. Acho que é essa visão que está a fazer falta na Assembléia, porque, sejamos sérios: como é que é possível que a política de um governo não agrade nem a gregos nem a troianos? Como pode ser possível que não seja coincidente nem com a esquerda, nem com a direita? Alguma coisa aqui está mal. Talvez falta de seriedade política. Este seu texto tem muito por onde se comentar. Estou em pleno acordo consigo: existe liberdade de informação e expressão. Outros valores, quiçá obscuros, se começam a levantar. Gostei imenso de ter ouvido ontem o Dr. Noronha do Nascimento. Há na verdade um certo tipo de jornalismo em Portugal, pretensamente elitista, que se convenceu que a liberdade de imprensa é não respeitar qualquer tipo de regras. É por estas e por outras, que a deturpação do conceito de liberdade, está a tirar qualidade à nossa democracia.
    Um excelente fim de semana, minha cara amiga.
    Briosas saudações.

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  2. Poeta do Penedo,
    Assim me parece que é. Ora, num país onde toda a gente diz tudo o que quer e ninguém é punido, falta liberdade de expressão a quem?

    Um excelente fim de semana para si também!

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  3. Em boa hora te lembraste de o criar este blogue! Era uma pena manter na penumbra a vivacidade como abordas os assuntos mais variados, juntamente com uma sinceridade e humorismo divertidíssimos. E mais não digo. Reservo-me para outras ocasiões.

    Concordo inteiramente com as opiniões aqui expressas.
    Um beijinho
    Alda

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  4. D. Alda,

    Obrigada pelos elogios!!! Sinto-me, até, envergonhada :)

    Esta quarta lá me tem para almoçar... podemos pôr a conversa em dia.

    Um beijinho grande

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  5. Boa em alguma coisa concordamos. Não em tudo, mas a parte do texto sobre a apresentação do lar em calendário, a hipocrisia etc etc, 5 estrelas. Quanto ao pertenceres ao BE(era bom de mais se concordaxemos em tudo, axo um partido de farsa, completamente. Mas é só o que eu axo, quanto a candidatareste pelo Be a Calendário parabéns... deste na maioria absoluta ao PSD). Voltando ao assunto do texto: Este lar é um complô de interesses, a meu ver uma completa badalhoquice... vao fazer uma coisa acutilada sem espaço, sem condições de qualidade alguma.

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  6. Belzebu,

    Como aderente do BE, quase desde o início da sua formação, não posso, de forma nenhuma concordar contigo. Porque razão entendes tu que foi por isso que a coligação teve maioria em Calendário? Não me parece... Se a coligação conseguiu maioria em Calendário, é porque a população continua a ver as coisas de uma forma deturpada e incoerente... Se a população de Calendário deu maioria a uma lista (recorrente)que nada fez ou faz em Calendário, só posso entender que continua cega... fazer o quê? A candidatura do BE foi uma lufada de ar fresco àquela freguesia que está parada há decadas... Não acreditaram na nosa candidatura, tiveram medo... devo dizer-te que, da minha parte, quem perdeu foi a população... a equipa que se apresentou pelo BE estava (e estará, futuramente) disposta a fazer muita coisa por Calendário.

    Agora, se as outras listas também não foram capazes de retirar-lhes o reinado... a culpa não é, nem nunca será d BE..

    Quanto ao Lar... foi vergonhoso quando, antes das eleições, já no período de relfexão, o Pres. da Câmara, o Pres. de Junta e o Páraco da Freguesia vieram a correr assinar todos os documentos respeitantes ao mesmo e o Pe Victor se encarregou de fazer propaganda política (em período de relexão e no próprio dia das eleições, repita-se) pela coligação, distribuindo "papeizinhos de esclarecimento"... (isso, talvez, tenha dado a maioria à coligação!)

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